Desde que trabalhei na zona de Almirante Reis e tinha de não ver a luz do sol durante os 30 mins que me demorava a ir de casa ao trabalho que ganhei um gosto especial pelos autocarros. Para além da vantagem óbvia de conseguirmos apanhar luz solar enquanto vamos do destino A ao destino B, é bem mais provável apanharmos conhecidos — ou melhor, fazer conhecidos, se apanhamos sempre a mesma paragem à mesma hora do que utilizando o metro.
O tipo de pessoas que encontramos também é diferente – talvez por ser mais lento (mas não muito, a não ser que tenham azar) que o metropolitano ou o comboio urbano. Ou talvez porque haja comunidades onde o urbano não iria fazer uma estação que não custa nada ao autocarro parar lá.
O calcanhar de Aquiles dos autocarros é os horários: tanto a exactidão do horário como a precisão. Quem faz os horários deseja certamente aumentar a produtividade dos condutores de autocarro com um incentivo a não se atrasarem, o que aparenta só causar frustração aos utilizadores. De qualquer maneira com a Internet, as apps (gosto da Moovit) e a Carris Metropolitana as coisas ficam mais simples.